Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/09/2016
Conversor fotônico
Engenheiros da Universidade de Yale, nos EUA, criaram um pequeno chip capaz de converter a luz visível em luz infravermelha e vice-versa, sem perder o estado quântico dos fótons originais.
Desta forma, o componente funciona como um acoplamento entre os delicados chips quânticos e a rede de dados de fibras ópticas.
Este é um elemento essencial para as tão sonhadas redes quânticas, já usadas em sistemas avançados de criptografia e que, mais no futuro, serão a base da internet quântica.
Embora o progresso no campo dos processadores quânticos tenha-se acelerado muito nos últimos anos, a construção de redes quânticas práticas, que consigam transmitir informações a grandes distâncias, ainda depende do desenvolvimento de componentes de interface entre o processamento e a transmissão de dados.
Este dispositivo, criado agora por Xiang Guo e seus colegas, é uma peça chave nesse processo.
Conexão quântica
O novo chip permite que dispositivos quânticos - sejam baseados em uma nuvem ultrafria de átomos de rubídio ou em centro de nitrogênio no meio de um diamante - troquem informações através de longas distâncias, utilizando a infraestrutura de fibra óptica já existente.
Para isso, o microcircuito converte os fótons para uma frequência na faixa do infravermelho, que podem então ser transmitidos pela rede de fibras ópticas que compõe a internet. Ao chegar ao destino, outro chip idêntico reverte o processo, convertendo o sinal infravermelho em um fóton que pode ser lido pelo processador quântico.
O protótipo apresentou uma eficiência de 14%, mas a equipe já adiantou que isso se deve a problemas na conectividade dos elementos que compõem o chip - segundo eles, não será difícil chegar a uma eficiência de 100% porque eles já identificaram os materiais semicondutores necessários para isso.