Com informações da Agência Brasil - 06/09/2014
Um acordo anunciado entre a Argentina e a China reforça a cooperação entre os dois países.
Os chineses vão construir a quarta central nuclear argentina e um observatório espacial integrado ao seu programa de exploração lunar.
Observatório chinês
O observatório espacial deverá estar operando em 2016, e sua construção, na província de Neuquen, na Patagônia, tem custo estimado de US$ 300 milhões.
As instalações serão dirigidas pela Agência Chinesa de Lançamento e Controle de Satélites. O local foi cedido ao operador chinês por 50 anos.
A China planeja lançar neste ano a primeira sonda espacial do país a orbitar a Lua e retornar à Terra.
O programa espacial chinês prevê também a instalação de uma estação permanente em órbita da Terra antes de 2020, para, em seguida, enviar um homem à Lua.
Fontes oficiais já tinham adiantado em 2012 que a China pretende coletar amostras de Marte e trazê-las à Terra antes de 2030.
Central nuclear
A participação chinesa na construção da central nuclear argentina é estimada em US$ 2 bilhões.
As autoridades argentinas adiantaram que a Empresa Nuclear Nacional Chinesa vai dar "apoio técnico, de serviços e equipamentos", conforme acordo assinado em Pequim com a Nucleoelectrica Argentina.
A Argentina depende do gás natural e petróleo para o seu consumo de energia. A área nuclear representa cerca de 10% da produção de eletricidade.
O país tem três centrais - Atucha 1 (335 megawatts - MW) e Atucha 2 (745 MW), situadas a 60 quilômetros de Buenos Aires, e a de Embalse (600 MW), perto de Córdoba.
A China também vai contribuir com US$ 4,4 bilhões para a construção de duas barragens hidrelétricas na Patagônia, na província de Santa Cruz.