Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/10/2018
Painel solar de perovskita
Este é um módulo solar de perovskita do tamanho de uma folha de papel A4 - ele é quase seis vezes maior do que os módulos desse tipo de painel solar já fabricados antes.
O avanço mostra que a tecnologia funciona em uma escala maior do que as inúmeras demonstrações feitas recentemente em laboratório, o que é crucial para incentivar a indústria a adotar essa tecnologia.
Cada uma das inúmeras células individuais que formam o módulo é feita de perovskita, um material de interesse crescente porque pode ser fabricado de forma mais simples e a um custo menor do que as células solares de silício, o material mais usado hoje.
As células solares de perovskita também provaram ser altamente eficientes, com índices para eficiência de conversão de energia - a quantidade de luz que atinge uma célula e é convertida em eletricidade - tão altas quanto 22% em pequenas amostras puras ou até 25,5% em células híbridas.
Célula solar feita por impressão
Todo o processo de fabricação foi realizado em condições ambiente, sem a necessidade de processos de alto vácuo, necessários para a fabricação de silício.
Francesca de Rossi, da Universidade Swansea, no Reino Unido, construiu o painel solar usando um tipo de célula solar de perovskita e carbono (C-PSC: Carbon Perovskite Solar Cell), feita de diferentes camadas - titânia, zircônia e carbono na parte superior -, todas elas aplicadas por um processo de impressão.
Embora sua eficiência seja menor do que outros tipos de células solares de perovskita, as C-PSCs não se degradam tão rapidamente, tendo já provado a operação estável de mais de 1 ano sob iluminação real.
Este painel solar de grandes dimensões apresentou:
"A chave para o nosso sucesso foi o processo de serigrafia. Nós o otimizamos para evitar defeitos causados pela impressão de áreas tão grandes. O registro preciso das camadas e a padronização da camada de bloqueio ajudaram a melhorar as conexões entre as células, aumentando o desempenho geral.
"Ainda há mais trabalho a ser feito, por exemplo no aumento da área ativa - a porcentagem da superfície do substrato que é realmente usada para produzir energia. Nós já estamos trabalhando nisso," disse Francesca.