Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/01/2015
Células de combustível de metanol direto
Engenheiros coreanos estão propondo uma nova técnica para tirar as células a combustível do marasmo tecnológico em que essas fontes tão promissoras de eletricidade se viram envoltas nos últimos anos.
Dong Chung e seus colegas da Universidade de Seul descobriram um novo método para melhorar a eficiência e tornar mais limpas as células a combustível a metanol, de um tipo conhecido como DMFC (direct methanol fuel cell).
Além de aumentar muito a eficiência das células, a técnica retira automaticamente os íons de metais pesados tóxicos que resultam da operação dessas células.
As células de combustível de metanol direto foram largamente anunciadas como uma fonte de conversão de energia promissora para veículos elétricos e aparelhos portáteis porque não dependem de uma infraestrutura de fornecimento de hidrogênio - que ainda não existe.
No entanto, seu funcionamento está sujeito a uma queda de desempenho inevitável gerado pelo chamado "envenenamento com monóxido de carbono (CO)" que acomete seu catalisador. Além disso, o cromo hexavalente (Cr VI) também presente nessas células, é um metal pesado cancerígeno e altamente tóxico no ambiente aquático.
De contaminante a micronutriente
A equipe coreana descobriu uma forma de usar o Cr VI como uma espécie de "eliminador de CO" na sua célula DMFC.
O novo método não apenas utiliza o processo redox para limpar a superfície do catalisador de platina - transformando o CO em CO2 - como também permite que o Cr VI seja convertido em Cr III, que é um estado oxidado muito menos tóxico do cromo, que funciona inclusive como um micronutriente no solo.
Como resultado, a célula a combustível de metanol direto fica totalmente livre do cromo tóxico e ainda consegue operar sem qualquer alteração no rendimento por até 10 horas.
Além disso, a densidade máxima de energia da célula aumentou 20% a 70º C.