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Informática

Caverna digital flexível traz realidade virtual ao usuário final

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/06/2011

Caverna digital flexível traz realidade virtual ao usuário final
Com suas ciberluvas, a pesquisadora pode navegar e modificar a simulação superposta ou os controles da caverna digital.
[Imagem: Andreas Heddergott/TUM]

Caverna digital

As cavernas digitais já se tornaram comuns em laboratórios de universidades e empresas, graças à forte imersão nos ambientes de realidade virtual que elas permitem.

Essas salas de imersão virtual transformaram-se em uma ferramenta indispensável para os projetistas, que agora não precisam mais esperar a construção de moldes e protótipos em escala para interagir com seus futuros produtos.

Em mundo modelado tridimensionalmente, os designers podem ver imediatamente como o produto se encaixa em seu ambiente natural de uso.

As alterações de projeto podem ser visualizadas imediatamente, economizando tempo e reduzindo os custos do processo de desenvolvimento.

Caverna digital remodelável

Agora, pesquisadores alemães deram um pouco mais de flexibilidade a esses ambientes virtuais, criando uma espécie de caverna virtual remodelável.

O ambiente foi batizado de FRAVE - Flexible Reconfigurable Cave, caverna digital flexível e reconfigurável, em tradução livre.

A FRAVE vai além do nível de imersão das cavernas digitais tradicionais ao poder ser usada em uma grande variedade de formas, graças à sua estrutura flexível e modular.

Essa modularidade e flexibilidade permitem que ela seja configurada segundo a necessidade do usuário.

"Um engenheiro quer entrar no mundo 3D para ser capaz de visualizar o projeto do interior de um veículo. Um pesquisador deseja visualizar sua medição ou simulação de dados, enquanto um gerente quer usá-lo como um espaço de apresentação," ilustra o Dr. Marcus Tönnis, cientista da Universidade Técnica de Munique.

Hardware de ponta

A FRAVE é composta por 10 telas 3D de 65 polegadas, cada uma com uma resolução de 1920 x 1080 pontos.

Para fornecer as imagens são usadas seis placas gráficas NVidia QuadroPlex 7000 com arquitetura Fermi para gráficos e seis placas gráficas C2070 com instruções CUDA para simulação de dados.

Seis processadores de quatro núcleos com 24 GB de RAM cada um e 8 TB de disco rígido fazem o restante.

As telas podem ser organizadas de diferentes maneiras. Quando elas formam um piso e um invólucro com três lados, o utilizador fica totalmente imerso no mundo virtual.

As telas nas laterais podem ser distanciadas, aumentando a largura do ambiente. Nesse caso, um sistema de rastreamento nas telas automaticamente adapta a visualização da imagem ao movimento das seções laterais.

Espaço real

As partes laterais podem até mesmo ser completamente desconectadas do sistema.

"Em uma reunião, eu posso simplesmente empurrar as telas até a mesa para demonstrar uma visão 3D. Desta forma, o sistema vem aos usuários e não o contrário", diz Tönnis.

Como a FRAVE foi projetada para ser um equipamento para o usuário final - empresas ou pessoas com um orçamento bastante polpudo - ela é significativamente mais barata do que uma caverna digital, podendo ser instalada em qualquer lugar, não exigindo uma sala com instalações próprias.

Essa é uma vantagem que pode incentivar uma utilização mais generalizada dos sistemas de realidade virtual.

Outro benefício importante da FRAVE é o tamanho. Como uma caverna digital normalmente usa retroprojeção, é necessário um monte de espaço por trás das telas - algo como 8 x 8 x 8 metros de espaço total.

A FRAVE funciona bem em um espaço de 3 x 3 x 3 metros.

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