Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/10/2019
Caminhada virtual
Pesquisadores japoneses desenvolveram um sistema de caminhada virtual.
O sistema grava uma pessoa andando e reproduz a caminhada para outros usuários ajustando toda a paisagem e a movimentação, incluindo as vibrações síncronas nos pés. A pessoa pode até ficar sentada e ainda aproveitar inteiramente a sensação do andar do outro.
Experimentos psicológicos confirmaram que as sensações de automovimento, caminhada, ação das pernas e telepresença proporcionadas pelo sistema de caminhada virtual são mais fortes do que vibrações de tempo aleatórias ou sem vibrações.
Além de permitir experiências de "turismo remoto", como visitas a locais aprazíveis ou visitas a museus, por exemplo, o sistema de caminhada virtual pode reproduzir experiências de caminhada para pessoas distantes ou com uma deficiência que possa impedi-las de caminhar no futuro, dizem os pesquisadores.
Experimentando a caminhada de outra pessoa
Como qualquer criança aprendendo a andar poderá lhe mostrar, caminhar é complicado, envolvendo várias sensações, como visão, toque, audição e propriocepção, além de exigir a execução de comandos e ações motoras. É por isso que demorou tanto para surgir um sistema de realidade virtual capaz de reproduzir a sensação de andar.
A equipe japonesa se concentrou na visão e nas vibrações dos pés porque essas sensações parecem críticas e representam um conjunto mínimo para induzir sensações de caminhada.
O sistema de gravação captura o fluxo óptico oscilante do caminhante com um par de câmeras estéreo e registra o tempo dos pés atingindo o chão usando quatro microfones embutidos em seus sapatos.
O sistema de reprodução compreende um monitor frontal típico dos sistemas de realidade virtual e quatro vibradores presos aos calcanhares e à parte anterior dos pés. Os testes confirmaram que a estimulação tátil nos pés consegue reproduzir as sensações de uma caminhada.
"Queremos desenvolver ainda mais o sistema de realidade virtual, permitindo que as pessoas andem em lugares estranhos, como na Lua ou no fundo do oceano, e possivelmente melhorando a qualidade de vida das pessoas com dificuldades de locomoção. Esta pesquisa é o primeiro passo para alcançar esses objetivos," disse o professor Michiteru Kitazaki, da Universidade de Tecnologia de Toyohashi.