Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/03/2015
A Câmara dos Deputados aprovou a adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês - European Southern Observatory).
O Brasil se tornará o 15º membro - o primeiro não-europeu - da organização, que possui uma infraestrutura científica considerada, em seu conjunto, a mais importante do mundo.
Formalmente chamada "Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral", a entidade é detentora de uma ampla base de telescópios instalados no Chile, incluindo o VLT (Very Large Telescope), GMT (Giant Magellan Telescope), TMT (Thirty Meter Telescope) e está iniciando a construção do E-ELT (European Extremely Large Telescope), que será o maior telescópio do mundo.
Com o acordo, que ainda deverá ser ratificado pelo Senado, pesquisadores brasileiros poderão participar das pesquisas nas áreas de astrofísica, cosmologia e astronomia, ter seus próprios projetos e contar com tempos exclusivos de uso dos telescópios.
Pelo acordo, até 2021 o Brasil deverá pagar 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões). Nos dois primeiros anos deverão ser desembolsados apenas cerca de 10 milhões de euros (R$ 35 milhões) em razão do tempo necessário para que a comunidade astronômica e científica brasileira possa passar por um processo de aprendizagem do uso dos equipamentos da ESO.
A participação financeira do Brasil tornará o país coproprietário dos telescópios e equipamentos científicos.
Além disso, o custo terá contrapartida econômica na forma de participação de empresas brasileiras no fornecimento de peças e serviços para manutenção e atualização dos telescópios atuais e da construção dos novos observatórios.