Com informações da Agência Brasil - 26/03/2013
A 5ª Cúpula do BRICS (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) deverá formalizar a criação de uma nova instituição bancária como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A proposta é que a instituição sirva de referência para o desenvolvimento do bloco e também de países cuja economia é considerada emergente.
A união dos quatro países do BRICS representa 40% da população mundial e cerca de 25% da economia global.
Inicialmente, a previsão é que o capital da nova instituição bancária seja de cerca de US$ 50 bilhões, com possibilidade de abertura à participação de cada país do bloco. Todos os integrantes deverão ter direito a voto no Conselho de Administração da instituição.
A ideia é que, com a criação da instituição bancária internacional, o grupo consiga mais acesso ao crédito e tenha voz nas questões mundiais, principalmente nas negociações com europeus e norte-americanos.
Há uma insatisfação geral no grupo em relação às instituições financeiras globais, como o FMI e Banco Mundial, além do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na cúpula, que acontece em Durban, na África do Sul, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping, deverão fechar um acordo sobre a criação de mecanismos de troca em moeda nacional, com o objetivo de proteger o fluxo comercial das flutuações de moedas estrangeiras.
O acordo prevê uma quantia inicial em torno de US$ 30 bilhões - cerca de metade da troca comercial total entre os dois países, que fechou 2012 em US$ 75 bilhões.
Depois da cúpula, a África do Sul assumirá a presidência rotativa do grupo. Em um ano, será a vez do Brasil. A África do Sul foi integrada ao BRICS em 2011. De acordo com a organização do evento, participarão das discussões 125 delegados da China, o mesmo número da Rússia, 74 da Índia, 60 do Brasil e 242 da África do Sul.