Com informações da Agência Brasil - 25/09/2014
O presidente da FINEP, Glauco Arbix, afirmou que, apesar dos avanços registrados na área da ciência, tecnologia e inovação, o Brasil ainda precisa "dar um salto" para superar a grande distância que o separa dos países mais avançados e das áreas de fronteira do conhecimento.
Arbix disse que, se o país continuar no ritmo atual, "fazendo mais do mesmo", vai demorar muito tempo para ter expressão. Segundo ele, é preciso diversificar mais o sistema brasileiro de inovação.
Ele reconhece que ocorreram fatos significativos no sistema de ciência e tecnologia, como a ampliação da infraestrutura de pesquisa, a multiplicação do número de fundações de amparo à pesquisa, a aprovação de leis estaduais de inovação e a preocupação dos governos em desenvolver essa política.
A própria Finep deu "passos intensos" ao longo dos últimos anos no apoio a projetos de tecnologia inovadora, elevando os recursos disponíveis de R$ 120 milhões, em 2003, para cerca de R$ 12 bilhões, este ano. "O salto é gigantesco", afirmou.
A maior parte, estimada entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões, é voltada para crédito para empresas, enquanto os recursos para investimento em empresas nascentes e pequenas e médias empresas oscilam entre R$ 800 milhões e R$ 900 milhões. Os recursos destinados a atividades de centros de pesquisa e universidades somam R$ 2,2 bilhões. Há também as subvenções econômicas não reembolsáveis.
Contudo, segundo Arbix, a inovação feita no Brasil ainda é light, ou seja, é uma inovação "incremental", como chamam alguns técnicos.
Grande parte do que se chama inovação hoje no Brasil consiste na aquisição de equipamentos mais modernos para uso da própria empresa - geralmente equipamentos vindos do exterior.