Com informações do CNPq - 31/05/2013
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanodispositivos Semicondutores (INCT-Disse) apresentou o primeiro protótipo de um chip de silício para a leitura de sinais de fotodetectores infravermelhos.
Os fotodetectores podem medir a radiação infravermelha para a detecção de gases em ambientes industriais e refinarias, assim como o calor do corpo humano ou de animais - por meio da tecnologia conhecida como visão noturna -, e podem contribuir para o monitoramento agrícola e pecuário, entre outras aplicações.
Segundo o professor Davies William de Lima Monteiro, o chip está sendo testado para futura aplicação em sistemas para detecção de radiação infravermelha.
O pesquisador explica que a faixa do infravermelho, com comprimentos de onda entre 2 e 10 micrômetros, apresenta potencial para aplicações militares, o que dificulta a importação de qualquer tipo de dispositivo ou sistema desse tipo.
O chip foi concebido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), membro do INCT.
Tecnologia CMOS
Batizado de IR1, o chip foi fabricado com a tecnologia CMOS de 0,35 micrômetro.
"CMOS é a tecnologia dominante para circuitos integrados no mundo. Hoje, os sinais dos detectores quânticos desenvolvidos no país são medidos por meio de equipamentos geralmente grandes e de alto custo," explicou ele.
A ideia é que o novo chip monitore o desempenho de diversas topologias de circuitos integrados digitais e analógicos para leitura de sinais provenientes de fotodetectores quânticos iluminados por luz infravermelha.
"Pretendemos criar um produto 100% nacional que seja mais acessível a esse mercado em expansão no país e que poderá ser compatibilizado com a tecnologia microeletrônica nacional. Hoje, a Ceitec S.A. é uma das empresas que trabalham para implantação dessa tecnologia," disse Davies.