Com informações da Agência Brasil - 30/09/2012
Voto digital
A utilização da biometria para identificar os eleitores no momento da votação pode abrir caminho para uma nova organização do sistema eleitoral no país.
Com a nova tecnologia será possível, por exemplo, que o eleitor vote em qualquer seção eleitoral.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a tecnologia que permite identificar o eleitor por meio de suas impressões digitais será utilizada nas eleições deste ano por aproximadamente 7,7 milhões de pessoas em 299 municípios.
A expectativa do TSE é que até 2018 todos os eleitores brasileiros possam votar após identificação pelas digitais.
Coronelismo
Para o professor Leonardo Barreto, cientista político da Universidade de Brasília (UnB), a biometria pode ter um impacto nas eleições similar à representada pelo uso das urnas eletrônicas.
"Ainda não há nenhuma posição do TSE nessa direção, mas uma das possibilidades que a biometria traz é a reorganização de todo o sistema de votação, com a eliminação da necessidade de os eleitores comparecerem a zonas e seções eleitorais específicas," propõe o pesquisador.
Para ele, isso é importante não apenas pela comodidade que representa, mas porque ainda hoje existem fraudes veladas em que "o coronelismo" confere os resultados por seção, exercendo pressão política sobre os eleitores.
Com o fim da associação entre eleitor e zona eleitoral, isso deixaria de existir.
Isso dependeria da interligação das seções eleitorais a um banco de dados nacional, onde os dados de cada eleitor pudessem ser acessados instantaneamente.
Riscos da biometria
Mas nem todos os especialistas em segurança concordam com o entusiasmo do TSE e do professor Barreto com o uso da biometria: