Com informações da Agência Brasil - 20/08/2012
Filtro de bactérias
Cientistas da USP (Universidade de São Paulo) estão testando um sistema de biofiltros na tentativa de diminuir a quantidade de gás metano (CH4) lançado na atmosfera por aterros sanitários.
A nova técnica consiste em lançar uma cobertura de bactérias no aterro. As bactérias filtram o CH4 produzido pelo lixo, transformando o gás poluente em água e gás carbônico.
O processo biológico de oxidação do metano diminui até 50% a emissão do gás de efeito estufa.
O teste está sendo feito no Aterro Sanitário de Campinas, a 85 quilômetros da capital paulista.
Emissão de metano em lixões
"A ideia é estudar qual a eficiência desse processo para que ele possa ser usado na cobertura de aterro de resíduos sólidos, seja ele sanitário ou não", explica o professor Fernando Marinho, coordenador da pesquisa.
Segundo ele, a solução pode ser adequada sobretudo para diminuição das emissões de poluentes em lixões, tendo em vista que, mesmo desativados, eles continuam a produzir gases - o metano é um gás de efeito estufa 21 vezes mais potente do que o CO2 (gás carbônico).
O pesquisador esclarece que o processo biológico de oxidação do metano foi descoberto há anos e já é amplamente difundido.
A novidade dos estudos brasileiros está na aplicação da tecnologia em campo, onde se espera uma redução da emissão de metano entre 20% e 50%.
"A maioria dos estudos era feita em laboratório. Iniciamos em 2004, juntamente com uma universidade canadense, os estudos em campo", disse Fernando.