Com informações do ESO - 09/08/2013
Estrelas e nuvens
O telescópio VLT capturou esta intrigante região de formação estelar na Grande Nuvem de Magalhães - uma das galáxias satélite da Via Láctea.
A imagem muito nítida mostra duas nuvens de gás brilhantes: a NGC 2014 em tons de vermelho e a sua companheira azul, a NGC 2020.
Embora muito diferentes uma da outra, ambas foram esculpidas pelos mesmos ventos estelares fortes ejetados por estrelas recém-nascidas extremamente quentes, as quais emitem também radiação que faz brilhar intensamente o gás.
A nuvem de tom rosado, à direita na imagem, a NGC 2014, é uma nuvem brilhante essencialmente constituída por hidrogênio gasoso, contendo um enxame de estrelas quentes jovens. A radiação energética emitida por estas estrelas arranca os elétrons dos átomos do hidrogênio que as rodeiam, ionizando o gás e produzindo o característico brilho avermelhado.
Além dessa radiação mais forte, as estrelas jovens de grande massa também produzem fortes ventos estelares que fazem com que o gás em torno delas se disperse e se afaste.
À esquerda do enxame principal, uma única estrela muito quente e brilhante - uma estrela do tipo Wolf-Rayet - parece ter dado início a este processo, criando uma cavidade rodeada por uma estrutura semelhante a uma bolha, chamada NGC 2020.
A cor azulada incomum deste objeto misterioso é igualmente gerada pela radiação emitida pela estrela quente - desta vez por oxigênio ionizado, em vez de hidrogênio.
As cores diferentes da NGC 2014 e da NGC 2020 são resultado tanto da composição química do gás circundante de cada uma, quanto das temperaturas das estrelas que fazem com que o gás brilhe. As distâncias entre as estrelas e as respectivas nuvens de gás desempenham também um papel importante neste processo.