Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/05/2016
Hélio-3
Astrônomos detectaram um gás raro e valioso a 4.000 anos-luz de distância da Terra.
Apesar de ser longe demais para que seja possível minerá-lo, acredita-se que o mesmo gás esteja presente na Lua e em locais mais próximos.
O gás é o hélio-3, que poderá ser usado como combustível nas futuras usinas de fusão nuclear e em naves espaciais, mas já é essencial para a criogenia e em equipamentos de imageamento médico.
O problema é que há muito pouco hélio-3 disponível naturalmente na Terra, de forma que ele precisa ser produzido a um custo muito elevado em laboratórios nucleares.
Hélio nas estrelas
O hélio-3 nasce em estrelas de pequena massa - menos que duas vezes a massa do Sol - que expelem a maior parte de sua matéria para o espaço no final de suas vidas, formando uma nebulosa planetária, o que deverá acontecer com o Sol em cerca de 5 bilhões de anos.
Esse processo deverá lentamente enriquecer o Universo com hélio-3. De todos os elementos produzidos em estrelas (que vão do carbono ao urânio), o hélio-3 é o que leva mais tempo para alcançar o espaço.
Pelo menos essa é a teoria, mas a equipe descobriu uma quantidade de hélio-3 na nebulosa IC 418 muito maior do que se calculava: 500 vezes mais do que a porcentagem relativa do gás na Terra.
Lizette Guzman-Ramirez e seus colegas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, dizem não ter explicações para a quantidade de hélio-3 observada, já que ela não bate com o que as teorias dizem sobre a criação desse elemento nas estrelas - de fato, até agora sabe-se muito pouco sobre sobre seu processo de criação.
Para os futuros mineradores espaciais, contudo, esta pode ser uma boa notícia, já que, encontrando-o em maior concentração, poderá ser mais fácil coletar o elemento.