Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/05/2015
Biogerador
Colocar sensores e câmeras em animais é uma técnica utilizada há décadas, que só não é mais disseminada porque os aparelhos são grandes por precisarem levar baterias para funcionar por um tempo razoável.
Uma solução é usar aparelhos que aproveitem o próprio movimento do animal para gerar a eletricidade que alimenta os sensores e transmissores de dados.
Michael Shafer, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, está testando essa abordagem com pombos.
O coletor de dados é alimentado por um gerador cuja base é um pêndulo que entra em ressonância com a frequência do bater de asas do animal. A eletricidade é produzida por geradores piezoelétricos, acionados pelo pêndulo.
Shafer afirma que essa tecnologia de "biocoletor autoalimentado" poderá ser usada não apenas em pássaros, mas também em morcegos e até em mariposas.
Pombos-correio
Equipamentos atuais, usados para monitorar a migração de pássaros, por exemplo, não duram mais do que 5 dias. Tentativas de usar a energia solar também não deram bons resultados porque a bateria continuava sendo necessária para que os sensores funcionassem à noite.
O maior desafio da equipe foi manter o equipamento leve, não podendo superar 5% do peso do pássaro para não afetar sem comportamento e nem a sua capacidade de voar.
Por enquanto a equipe está usando pombos-correio treinados, que podem trazer o equipamento de volta, mas eles pretendem iniciar testes com animais selvagens capturados para pesquisas.