MCT/Finep - 08/11/2010
Círculo virtuoso de inovação
A agenda da Copa do Mundo de 2014 ganhou um novo reforço com o Programa 2014-BIS.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, disse ser fundamental para o País realizar eventos da envergadura da Copa do Mundo e das Olimpíadas "utilizando o máximo da tecnologia e do conhecimento aqui produzidos".
Ao avaliar que metade da população brasileira de alguma forma se interessa por informações do mundo esportivo, sobretudo em períodos como esses, Rezende disse estar confiante que a realização dos dois eventos no Brasil vai gerar um círculo virtuoso para os empreendedores e para o mercado de consumo.
O Programa 2014-BIS objetiva desenvolver um conjunto de práticas e investimentos visando proporcionar à sociedade e aos visitantes um panorama da criatividade, inovação, cultura e sustentabilidade do Brasil.
Ao mesmo tempo, contribuir para a realização de uma Copa dotada de serviços e tecnologias de alta qualidade e alavancar empresas brasileiras no exterior.
Encantamento da tecnologia
Mais do que diversão e exibição de perícia dos atletas, um evento deste porte é uma oportunidade de divulgação e de realização de negócios.
Para aproveitar ao máximo esse potencial, o 2014-BIS reúne uma multiplicidade de atores sociais em torno da tecnologia e da inovação.
"O objetivo é criar meios de encantar, surpreender e emocionar o mundo, mostrando que o Brasil é um país criativo e inovador", explica Eduardo Costa, diretor de Inovação da Finep.
No momento em que estão previstos investimentos em infraestrutura e serviços para que o País possa receber estes dois eventos de grande porte, a Finep capitaneia o programa, que envolve atuação mobilizadora e financiamento de projetos de inovação tecnológica voltados para o esporte.
Laboratório olímpico
Este é, por exemplo, o caso do Laboratório Olímpico, ligado à melhoria do desempenho de nossos atletas e que já conta com investimento de R$ 11,5 milhões e será a principal referência em Ciências do Esporte da América Latina.
A partir de sua inauguração, o País passa a ter uma estrutura montada para o acompanhamento e preparação de seus principais atletas, nos moldes do que já é feito pelas potências esportivas mundiais. A intenção é produzir e transferir conhecimento aos treinadores e equipes, gerando recursos humanos qualificados para desenvolver o esporte nacional.
Os investimentos podem chegar a quase R$ 120 milhões, em um primeiro momento, somadas as primeiras propostas para as quais já foram aprovados aportes financeiros, além do programa de Subvenção Econômica - que incorporou um subtema relativo a tecnologias voltadas para a Copa e as Olimpíadas. Para 2011, segundo o presidente da Finep, Luis Fernandes Rabelo,"está previsto ainda o lançamento de um fundo de venture capital diretamente ligado à área de esporte".
A Copa do Mundo de Futebol tem números superlativos. A expectativa é que mais de três bilhões de pessoas em todo o planeta assistam a pelo menos um jogo e entre 600 mil e um milhão de turistas passem pelo País na ocasião. Além disso, calculam-se cerca de 10 milhões de agregados aos turistas, como parentes e amigos, que de certa forma também participam do evento, mesmo que indiretamente.