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Nanotecnologia

Moagem, trituração, micronização: Cientistas criam a nanonização

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/09/2001


Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, deram um novo passo nos processos de produção de materiais particulados: eles criaram um método capaz de reduz blocos de silício bruto em nanopartículas. Nanopartículas possuem cerca de um bilionésimo de metro e contém cerca de 30 átomos de silício cada uma. Essas partículas podem então ser usadas na formação de colóides, cristais e filmes, para uso em uma infinidade de aplicação nos campos da eletrônica, optoeletrônica e na indústria biomédica.

O processo, que poderá ser conhecido como nanonização, é um passo à frente da micronização, um processo industrial de largo uso, responsável pela etapa final da moagem de um material, produzindo partículas na escala dos micrômetros. Os nanômetros são mil vezes menores do que um micrômetro.

A nanonização é uma das maiores promessas da nanotecnologia. Gerando nanoparticulados, com cada "pedaço" do material contendo poucos átomos cada um, o processo consegue aumentar incrivelmente a área do material, aumentando sua reatividade.

Esse poderá se revelar um passo significativo no campo da miniaturização dos chips, uma vez que, em tese, a experiência abre a possibilidade da construção de transistores de um só átomo.

A experiência parte de uma pastilha de silício bruto, a qual é pulverizada através da combinação de uma série de métodos químicos e elétricos, métodos esses hoje já empregados nos processos de micronização. A pastilha é mergulhada em um banho químico ácido, que é então submetido a uma corrente elétrica. O processo destrói a camada superficial do material, deixando uma delicada rede de nanoestruturas, fracamente interconectadas. A pastilha, ou o que restou dela, é então transferida para um banho de ultra-som. O ultra-som quebra a estrutura em partículas individuais ou em estruturas menores, de diversos tamanhos. As partículas maiores se precipitam, enquanto as menores ficam em suspensão, podendo então ser recolhidas.

As nanopartículas podem ser montadas sobre estruturas reticuladas de silício já existentes ou miniaturizadas em relação ao que é atualmente utilizado na indústria, obtidas pelos processos tradicionais de micronização.

Outra característica importante das nanopartículas é a sua capacidade de emissão de luz, podendo vir a consistir na base de novos lasers semicondutores. A estimulação elétrica de uma estrutura construída a partir das nanopartículas causou a emissão de luz de um azul intenso. Esses novos laser poderão vir a substituir os fios utilizados para comunicação entre os componentes de um circuito.

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