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Informática

Cientistas da IBM descobrem novo método de produção de monitores de cristal líquido

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/09/2001


Embora somente nos últimos dois anos os monitores de cristal líquido tenham se tornado comuns nas lojas de eletrodomésticos, eles não são exatamente uma novidade. Tecnicamente chamados de LCD (Liquid Crystal Display - Monitor de cristal líquido), seu processo de construção é conhecido desde 1.906. Certamente que as técnicas se refinaram, permitindo vários melhoramentos. Mas o processo de produção é essencialmente o mesmo. Para funcionar, um tela de cristal líquido deve ter sua moléculas perfeitamente alinhadas. Apenas assim é que se consegue ligar e desligar os pixels, unidades básicas de uma tela, formando as imagens. A dificuldade do processo produtivo consiste justamente em fazer o alinhamento das moléculas. A solução utilizada até hoje é prosaica: esfrega-se o substrato, um polímero onde as moléculas serão depositadas, com veludo. Em uma fábrica a coisa não parece tão simples, mas esse é o princípio. Pelo menos até agora.

Pesquisadores da IBM, trabalhando simultaneamente em laboratórios na Califórnia, em Nova Iorque e no Japão, relataram a descoberta de um método que permite o alinhamento das moléculas sem necessitar de contato, seja com veludo ou com qualquer outro material. O novo método utiliza um feixe de íons, elétrons carregados eletricamente, para alinhar as moléculas.

A primeira etapa do novo processo de produção consiste em substituir o polímero do substrato por carbono. A seguir, um canhão de elétrons dispara um feixe extremamente fino e bem direcionado sobre esse substrato de carbono, formando linhas paralelas. As moléculas de cristal têm o formato de um bastão. Quando elas são despejadas sobre o novo substrato, um de seus lados gruda nos átomos de carbono expostos nas linhas. Ou seja, o simples despejar é suficiente para alinhar as moléculas. O alinhamento se dará no sentido das linhas desenhadas pelo canhão de elétrons.

As linhas traçadas no substrato de carbono têm poucos átomos de largura. Com isso, o novo método permitirá a construção de telas com mais alta resolução. Além do que o processo de fabricação será mais rápido e mais barato.

O mercado de monitores de cristal líquido já movimenta anualmente mais de US$20 bilhões. O processo já está patenteado, e a IBM espera agora licenciá-lo para outros fabricantes. A própria empresa já está convertendo uma de suas linhas experimentais, utilizada na pesquisa, em linha de produção e espera colocar no mercado monitores baseados na nova tecnologia no início de 2.002.

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