Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2006
A empresa norte-americana Lockheed Martin apresentou o protótipo de um telescópio múltiplo que poderá resolver o problema do aumento crescente da massa, do volume e do custo dos telescópios espaciais.
A capacidade de um telescópio em visualizar detalhes com precisão cada vez maior é uma função direta de sua capacidade de capturar luz. Maiores espelhos ou lentes, ou seja, maiores aberturas, capturam uma quantidade de luz maior, o que resulta em imagens de maior resolução.
Mas o crescimento incessante dos espelhos e lentes resulta em telescópios com tamanhos descomunais, inviabilizando o seu lançamento. A idéia agora é construir pequenos telescópios trabalhando de forma sincronizada, cada um deles capturando uma parte da imagem.
"A chave para se construir um sistema óptico com abertura distribuída é ajustar adequadamente os módulos individuais. Esse ajuste significa que todos os telescópios devem apresentar uma mesma distância focal, com tolerâncias consideravelmente menores do que o comprimento de onda da luz," diz o engenheiro Peter Dean, da Lockheed.
Batizado de Star-9, o novo telescópio múltiplo alcança essa precisão. E o seu peso e tamanho ficam bem abaixo daqueles que seriam apresentados por um telescópio que alcançasse a mesma abertura com uma lente única.
As múltiplas lentes também oferecem vantagens em termos de flexibilidade e adptabilidade. Um único telescópio de múltiplas lentes poderá, por exemplo, capturar uma imagens em vários comprimentos de onda ou polarizações diferentes. Sem contar, é claro, o fato de um defeito em um dos elementos não impedirá que o telescópio continue operando.