Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/05/2006
Pesquisadores da Universidade da California, Estados Unidos, conseguiram construir artificialmente uma série de elementos formadores dos olhos. Eles se inspiraram nos olhos de insetos, que são diferentes e mais simples do que o olho humano.
Embora seja um feito significativo de bioengenharia, ainda estamos longe da construção de um olho artificial completo. Mas a descoberta poderá revolucionar o universo dos sensores ópticos, como aqueles empregados em câmeras digitais e detectores visuais em geral e até mesmo em sensores químicos.
Apesar da relativa simplicidade dos olhos dos insetos, eles são infinitamente superiores aos melhores sensores já construídos pelo homem, principalmente na largura do campo de visão.
A estrutura hemisférica construída pelos cientistas é composta por inúmeros canais que funcionam como "guias de luz". Cada canal tem sua própria micro-lente, que focaliza a luz em um fotodiodo, igual aos utilizados nos sensores da câmeras digitais. Nos insetos, a luz chega em células fotoreceptoras, que enviam a informação para o cérebro.
Além de câmeras em geral, a pesquisa poderá auxiliar no desenvolvimento de melhores aparelhos médicos, como os utilizados em endoscopias, implantes que necessitem captar luz, sensores ambientais e numa nova geração de câmeras digitais de alta velocidade.
O componente construído pelos cientistas é equivalente a um ommatidium, um elemento básico do olho de um inseto. O olho de uma libélula, por exemplo, contém 30.000 desses elementos.