Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/05/2007
Ondas gravitacionais
Ondas gravitacionais são ondulações extremamente pequenas na estrutura do espaço-tempo, causadas por eventos astrofísicos como a explosão de supernovas ou a união de gigantescos sistemas binários - estrelas de nêutrons e buracos negros, por exemplo.
A existência das ondas gravitacionais foi prevista por Albert Einstein em 1916 mas, até hoje, elas nunca foram observadas.
Este é justamente o objetivo do projeto GEO600, construído por um consórcio de universidades alemãs e inglesas, sob a coordenação do Instituto de Física Gravitacional Max Planck.
Detector de ondas gravitacionais
A teoria já existe há quase um século. Mas a tecnologia para construir o equipamento capaz de detectar essas ondas gravitacionais ainda está sendo desenvolvida e aprimorada.
A imagem é de uma das peças do detector de ondas, feito de uma espécie única de quartzo sintetizado por fusão.
Uma verdadeira joia da alta tecnologia e da precisão, mas apenas um dos componentes do sistema óptico que guia o raio laser responsável por um dos sistemas de medição do GEO600.
Astronomia de ondas gravitacionais
Os cientistas esperam que a astronomia das ondas gravitacionais abra uma nova janela de observação do Universo. Essa janela deverá complementar as outras formas de observação já utilizadas e ajudar a entender melhor o mundo em que vivemos.
Isso porque, ao contrário das outras formas de radiação conhecidas pelo homem, as ondas gravitacionais estariam viajando até nós desde o início do Universo totalmente incólumes, livres de qualquer interferência.
Ou seja, a informação que os cientistas coletam a partir da luz, das radiofrequências e de outras ondas estão de certa forma "corrompidas". Isso não acontece com as ondas gravitacionais.
Imprecisão
Contudo, nenhuma forma de emissão dos outros tipos de radiação é, ao mesmo tempo, uma fonte forte de ondas gravitacionais. Desta forma, para ter um quadro completo do Universo, os cientistas deverão juntar as observações das ondas gravitacionais, eletromagnéticas, dos neutrinos e dos raios cósmicos.
Até agora o GEO600 não conseguiu detectar nenhuma onda gravitacional. Os cientistas afirmam que isso é realmente difícil e que uma campanha efetiva de observação deveria contar com vários detectores ao redor do planeta.
Mas há também a possibilidade de que os instrumentos ainda não sejam precisos o suficiente. Ou seja, nossa joia pode não ter sido assim tão bem polida.