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Robótica

Futebol de nano-robôs precisa de microscópio para ser visto

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/07/2007

Futebol de nano-robôs precisa de microscópio para ser visto

Imagine um Pelé robótico. Mas apague de sua imaginação tudo que se pareça com um "robozão" meio desengoçado, correndo por um campo de futebol sem achar a bola. Os pesquisadores do Instituto NIST, dos Estados Unidos, foram bem mais modestos: eles criaram jogadores de futebol seis vezes menores do que uma ameba, chutando uma bola cujo diâmetro é menor do que a espessura de um fio de cabelo humano.

Futebol de robôs

Os nano-jogadores de futebol, rolando sua nano-bola em um campo que cabe em cima de um grão de arroz foram apresentados pelos cientistas durante a 2007 Robocup, um evento mundial de robótica que ocorreu na semana passada em Atlanta. A foto mostra um chip de 3 centímetros de largura, sobre o qual estão construídos 16 campos de futebol, cada um medindo 2,5 x 2,5 mm.

A Copa de Robôs é um evento anual que utiliza a criação de robôs jogadores de futebol para incentivar o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de robótica e inteligência artificial, entre outras. Os nano-jogadores de futebol, por exemplo, estão ajudando os engenheiros a otimizar as técnicas para a fabricação de minúsculos dispositivos chamados MEMS ("MicroElectroMechanical Systems").

Nano-jogadores

Embora meçam alguns micrômetros de comprimento, os minúsculos jogadores são considerados nano-robôs porque sua massa fica na casa dos nanogramas.

Infelizmente não dá prá assistir diretamente a uma partida de futebol dos nano- robôs. Os minúsculos robôs jogadores de futebol fazem suas partidas embaixo da lente de um microscópio, controlados por um equipamento eletrônico remoto, e são acompanhados por meio de um monitor de computador.

Para ganhar o jogo, um nano-robô jogador de futebol deve ser rápido, ágil e capaz de manipular objetos com destreza - nesse caso a minúscula bola, que deve ser levada até o gol.

A competição se dá em três etapas: na primeira, o jogador deve simplesmente pegar a bola no seu campo e chegar até o gol adversário no menor tempo possível, sem enfrentar qualquer obstáculo. Na segunda etapa uma série de pequenos jogadores feitos com polímero funcionam como zaga, forçando o nano-robô a desviar-se deles em uma espécie de "slalom" até chegar ao gol. Por último, claro, a capacidade do drible. Mas também aqui os adversários não são outros jogadores, mas bolas que devem ser evitadas no caminho rumo ao gol. O tempo de cada partida é de 3 minutos.

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