Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/03/2007
Exoesqueleto para fisioterapia
Se depender dos pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, o futuro reserva boas notícias para as pessoas portadoras de deficiências parciais do sistema nervoso, como aquelas que impedem o movimento de uma perna ou um braço.
A equipe do Dr. Daniel Ferris criou um exoesqueleto bio-mecânico-eletrônico que auxilia no movimento e que tem como grande diferencial o fato de que ele é controlado pelo próprio sistema nervoso do paciente.
O protótipo é voltado para a recuperação de pacientes em sessões de fisioterapia, na movimentação das pernas, mas a tecnologia poderá ser adaptada também para os braços.
"[Este aparelho] poderá beneficiar pacientes que sofreram derrames cerebrais ou pacientes com danos parciais na coluna vertebral," disse o Dr. Ferris. "Para pacientes que conseguem andar lentamente, um equipamento como esse poderá ajudá-los a andar mais rapidamente e com mais desenvoltura."
Comandos do cérebro
Os eletrodos do exoesqueleto são conectados à perna do paciente. Quando o cérebro envia a instrução de movimento, esses eletrodos captam os os sinais elétricos e os enviam a um controle eletrônico, que traduz os sinais recebidos em movimentos do exoesqueleto.
Os sinais elétricos enviados pelo cérebro dizem aos músculos como eles devem se mover. Mas se a pessoa tem alguma desordem neurológica ou danos na coluna vertebral, os sinais não chegam com a intensidade necessária aos músculos, ou chegam de forma descoordenada.
Fisioterapia
Outros exoesqueletos já construídos normalmente são acionados por meio de computadores, que enviam modelos definidos de movimento. Esses equipamentos são utilizados para reabilitação e se valem da repetição para ajudar a forçar um padrão de movimento no paciente.
Mas receber os sinais diretamente do cérebro do paciente tem muitas vantagens, principalmente um controle mais preciso do aprendizado.
Os pesquisadores não planejam fabricar seus exosesqueletos para venda, embora afirmem que a tecnologia possa vir a ser utilizada por alguma empresa interessada. Eles querem continuar a melhorar o equipamento com vistas à sua utilização como um equipamento de fisioterapia de última geração.