Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/12/2004
Pesquisadores da Universidade de Tóquio, Japão, coordenados pelo professor Takao Someya, afirmaram ter feito significativos avanços em seus circuitos sensores de pressão, construídos de polímeros orgânicos flexíveis. O material é visto como um dos mais promissores para servir como pele de robôs, dando-lhes sensibilidade ao toque.
Há cerca de um ano atrás, pesquisadores norte-americanos também relataram avanços na área. A "pele artificial" do Dr. Someya é feita de transistores orgânicos construídos sobre material flexível.
Mas não são apenas robôs que poderão se beneficiar da pele artificial. Esses sensores flexíveis poderão ser instalados em hospitais, academias de ginástica ou até mesmo em automóveis, para monitorar continuamente a saúde das pessoas.
Tecnicamente a pele artificial é um conjunto flexível de sensores de pressão. As aplicações podem extrapolar em muito aquelas levantadas pelo pesquisador, já que sensores de pressão podem ter uso extremamente variado, não se restringindo à área da saúde.
O protótipo ainda está longe da sensibilidade da pela humana: ele possui 16 sensores por centímetro quadrado; em uma de suas partes mais sensíveis, a ponta dos nossos dedos, a pela humana possui cerca de 1.500.
Na robótica, afirma Someya, as aplicações possíveis são inúmeras, principalmente para permitir que os robôs sejam capazes de tocar delicadamente as pessoas, nunca chegando a ferí-las.