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Robótica

Cérebro artificial consegue controlar simulador de vôo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/11/2004

Cérebro artificial consegue controlar simulador de vôo

Um cientista da Universidade da Flórida afirma ter construído um "cérebro" vivo, construído com células de rato e que é capaz de pilotar um avião em um simulador de vôo e fazer manobras limitadas.

O "cérebro" - na verdade um amontoado de 25.000 neurônios retirados do cérebro de um rato e mantidos vivos em um prato de vidro - está dando aos cientistas uma nova forma de aprender como o cérebro funciona em nível celular. Observando como as células interagem, eles esperam entender o que causa problemas neurológicos como a epilepsia e encontrar forma não invasivas de intervenção.

"Nós estamos interessados em saber como os cérebros processam [informações]," afirmou Thomas DeMarse, o cientista responsável pelo experimento.

Enquanto os computadores são muito rápidos para processar alguns tipos de informação, eles não se aproximam da flexibilidade do cérebro humano. Em particular, os cérebros podem facilmente fazer certos tipos de computação - como reconhecer um objeto desconhecido como sendo uma mesa ou um abajur - que são muito difíceis de se simular em um computador.

O "cérebro" experimental de DeMarse interage com um simulador de vôo de um avião F-22 por meio de um conjunto de eletrodos conectados a um computador PC comum.

"É essencialmente um prato com 60 eletrodos formando uma teia," afirma DeMarse. "Sobre eles nós colocamos os neurônios corticais vivos, que rapidamente começam a se reconectar, formando uma rede neural viva - um cérebro."

O cérebro e o simulador estabeleceram uma conexão de mão dupla, similar à forma pela qual os neurônios recebem e interpretam sinais de outros neurônios para controlar nossos corpos. Observando como as células interagem com o simulador, os cientistas podem decodificar como uma rede neural estabelece conexões e começa a computar.

Para controlar o avião, os neurônios primeiro recebem informações do computador acerca das condições de vôo: se o avião está voando em linha reta e nivelado ou se ele está inclinado para a direita ou para a esquerda. Os neurônios então analisam os dados e respondem enviando sinais para os controles do avião. Estes sinais alteram a rota de vôo e a nova informação é enviada para os neurônios, criando um sistema retroalimentado.

Inicialmente os neurônios não conseguiam ativar nenhum controle e o avião simplesmente voava a esmo. Atualmente ele já é capaz de manter o avião nivelado em qualquer situação de tempo, mesmo a mais adversa prevista no simulador.

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