Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/12/2003
Pesquisadores do Woods Hole Oceanographic Institution (Estados Unidos) estão construindo um novo robô-submarino que será capaz de explorar as partes mais profundas do oceano, atingindo 11.000 metros de profundidade. O robô será alimentado por energia elétrica de baterias, podendo operar continuamente por até 36 horas.
O novo robô-explorador será controlado remotamente, podendo ser operado em dois modos: autonomamente, sendo capaz de vasculhar de forma independente vastas áreas do oceano, ou preso, ligado a um cabo, com o objetivo de recolher amostras em locais específicos e bem definidos. No modo autônomo, o robô permanecerá ligado ao navio de controle, mas utilizando apenas uma fibra ótica, que será utilizada para envio de comandos e recepção de imagens.
Para lidar com as altíssimas pressões do fundo do mar, o robô-submarino terá suas câmeras acondicionadas em compartimentos feitos de cerâmicas estruturais sintéticas estado-da-arte.
Além de pesquisa biológica, o robô permitirá acesso às zonas de terremotos e vulcões mais ativas da Terra, que consistem em falhas geológicas localizadas nas fossas oceânicas.
O homem chegou à Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano, apenas uma vez, em 1.960, quando o submarino Trieste atingiu a Depressão Challenger, a 11.000 metros de profundidade, levando os mergulhadores Don Walsh e Jacques Piccard. Em 1.995, o mesmo ponto foi atingido pelo submarino-robô japonês Kaiko, que recentemente foi perdido durante uma tempestade.