Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/04/2002
Ver mundos virtuais tem divertido milhões de pessoas nos cinemas ao redor do mundo. Algumas experiências não muito bem sucedidas têm prometido dar também sensações de cheiro. Mas tocar o mundo virtual é algo de grande apelo e poderá revolucionar o mundo não só do entretenimento, mas também das cirurgias a distância, por exemplo. Seria o toque final da interatividade.
Háptica é a palavra que resume a sensação do toque ou do tato. Equipamentos que possam provocar essa sensação dependem tanto da construção dos equipamentos propriamente ditos, como da programação dos computadores que os controlam. A empresa norte-americana Immersion lançou sua última palavra nesse tipo de equipamento, que permite ao usuário da "luva" tocar, puxar, empurrar, apertar e até mesmo esculpir objetos virtuais em um mundo gerado por computador.
O produto, chamado CyberGrasp, não veste exatamente como uma luva. Mais parece um exoesqueleto, uma estrutura mecânica leve e dotada de vinte sensores flexíveis. Os sensores transmitem suas medições para o computador que tem em sua tela a imagem de uma mão. Essa mão virtual então se move e comporta em resposta às medições lidas a partir dos movimentos da mão real. Quando a mão virtual encontra um objeto, o computador envia sinais para os cinco atuadores que estão na luva, fazendo com que a mão real "sinta" a reação, como se ela estivesse mesmo tocando o objeto.
Embora os resultados sejam animadores, não espere encontrar a estranha luva em qualquer loja de computadores nos próximos anos. Os protótipos ainda custam na casa das dezenas de milhares de dólares.