O ano dos robôs

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/03/2002

Apresentando dados até o primeiro semestre de 2.001, o estudo "2001 World Robotics Survey", produzido pelas Nações Unidas. relata um estrondoso crescimento no mercado mundial de robôs. Embora o lançamento de alguns brinquedos tenha chamado muito a atencão, despertando no imaginário popular a imagem do robô humanóide ou, pelo menos, daqueles à imagem e semelhança dos seus bichinhos de estimação, o ano passado foi marcado pelo crescimento dos robôs industriais.

Embora pouco conhecidos do grande público, já existem cerca de 750.000 robôs em operação no mundo, número que deverá se aproximar de um milhão em 2.004.

Dois fatores afetaram o crescimento de cerca de 25% de crescimento na venda de robôs a partir de 2.000: o aumento da eficiência e a diminuição dos custos. Em 2.000, um robô podia ser comprado por um quinto do preço que um equivalente em desempenho custava em 1.990.

O setor número um na utilização de robôs é o automobilístico. Tomando-se o caso da Itália e Alemanha, enquanto que na indústria em geral, para cada 10.000 trabalhadores, há cerca de 120 robôs na Alemanha e 95 na Itália, na indústria automobilística de ambos os países, há um robô para cada 10 trabalhadores. Para a indústria como um todo, estes números são de 300 no Japão, 80 na Suécia, 60 na França e 50 na Espanha.

Mas também o mercado doméstico deverá ter suas novidades. Embora não se aproxime ainda dos sonhados modelos tipo "faz-tudo", os robôs aspiradores de pó deverão estar no mercado em 2.003.

Mercado mundial de robôs

Após dois anos de vendas estagnadas, houve uma significativa recuperação nas vendas de robôs no Japão em 2.000. As vendas de todos os tipos de robôs industriais cresceram 32% em relação a 1.999, atingindo quase 47.000 unidades.

Após despencar durante a crise asiática, a venda de robôs industriais na Coréia apresentaram uma robusta recuperação, apresentando crescimentos de 70% em 1.999 e 95% em 2.000. A estatística coreana, no entanto, inclui robôs especializados, não incluídos nas estatísticas de outros países.

Na União Européia, as vendas cresceram 20% em 2.000, aproximando-se de 30.000 unidades. O maior crescimento foi verificado na Suécia, atingindo 56% sobre o ano de 1.999. A seguir veio a Espanha, com uma taxa de crescimento de 39%.

Entre os anos de 1.995 e 2.000, o mercado norte-americano apresentou comportamentos alternados, com crescimento em um ano e queda no ano seguinte. Em 1.995 e 1.997, houve um incremento de 28% e 37%, respectivamente. Por outro lado, em 1.996 o mercado caiu 5% e, em 1.998, despencou 13%. Em 2.000, o mercado ficou praticamente estacionado, com um ligeiro aumento de 1%, com as vendas atingindo 13.000 unidades.

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