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Programa Nacional de Nanotecnologia será lançado hoje

Agência MCT - 19/08/2005


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, lançam hoje (19), em Campinas, o Programa Nacional de Desenvolvimento da Nanociência e Nanotecnologia. A solenidade está marcada para 9h30, durante a visita ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), órgão de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O Programa Nacional de Nanotecnologia prevê investimentos de R$ 71 milhões somente em 2005. Os recursos serão distribuídos pelo País e destinados desde a projetos de jovens pesquisadores até a implantação de grandes laboratórios, estratégicos para o trabalho das redes de pesquisa.

Uma das ações mais amplas da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, o Programa Nacional de Nanotecnologia envolve instituições do MCT (LNLS, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Centro de Pesquisas Renato Archer, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e Laboratório Nacional de Computação Científica), 70 universidades públicas e particulares, dezenas de empresas e mais de 1.000 pesquisadores qualificados, entre doutores e estudantes de pós-graduação e graduação.

O principal objetivo do programa é desenvolver novos produtos e processos em nanotecnologia, a partir da estruturação e do fortalecimento de redes de pesquisa sobre o tema - quatro delas já estão em funcionamento, conduzidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico - CNPq/MCT. A idéia é também fomentar o apoio à cooperação entre universidades, instituições de pesquisa e empresas de base tecnológica.

As nanociências e o Brasil

As pesquisas em escala nanométrica (ou seja, com estruturas medidas em bilionésimas partes do metro) geram expectativas de desenvolvimento de tecnologias até então somente imaginadas. A nanoengenharia - ou seja, a capacidade de se trabalhar em nível molecular, ou mesmo átomo por átomo, para criar estruturas complexas com controle de sua organização - aponta para entendimentos e manipulações sem precedentes das propriedades fundamentais da matéria. De chips e outras estruturas de informática mais potentes até tecidos que não molham ou sujam, passando por medicamentos mais eficientes, quase todos os ramos da ciência podem ser beneficiados com descobertas das nanociências.

Atualmente, os investimentos mundiais em nanotecnologia somam cerca de US$ 2 bilhões por ano. Mas, já no período de 2010 a 2015, o mercado para o segmento está estimado em US$ 1 trilhão. Dentro desse panorama, o Ministério da Ciência e Tecnologia tem aumentado ano após ano os investimentos em pesquisas no setor. Entre 2001 e 2002, foram investidos R$ 3 milhões em nanotecnologia, valor que aumentou para R$ 11,7 milhões em 2003. Em 2004, os repasses para as pesquisas no segmento alcançaram R$ 14,6 milhões.

O LNLS

O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, localizado em Campinas (SP), abriga a única fonte de luz síncrotron do Hemisfério Sul, um potente emissor de raios-X e ultravioleta, desenvolvido e construído por brasileiros entre 1987 e 1997.

O LNLS também dispõe de diversos microscópios eletrônicos (de varredura e de transmissão por feixe de elétrons) e de tunelamento de força atômica. O laboratório oferece também um completo laboratório de biologia molecular estrutural para estudos pós-genômicos, incluindo laboratórios completos de espectroscopia de ressonância magnética nuclear e de massas.

Esta infra-estrutura - sem similar em toda a América Latina - é utilizada por cientistas e tecnólogos no desenvolvimento de pesquisas voltadas à elucidação de propriedades dos materiais, nos campos da Física, Química, Biologia Molecular Estrutural, Engenharia de Materiais e Meio Ambiente.

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