CNPq - 09/02/2005
O CNPq acaba de lançara o edital 2005/2008 do Programa Institutos do Milênio. O edital prevê investimentos da ordem de R$ 90 milhões nos próximos três anos, destinados a redes de pesquisa no país com excelência reconhecida.
O ministro da Ciência e Tecnologia Eduardo Campos acredita que o êxito dos 17 Institutos formados a partir da primeira fase do Programa, e agora com a ampliação do universo de áreas (induzidas e espontâneas), os pesquisadores ficarão mais motivados para criar novas redes e assim participar da seleção.
"Além disso, não limitamos a duração de existência dos Institutos, como aconteceu no edital passado", informou ele, explicando que o período de três anos é determinado apenas quanto ao orçamento, devido às exigências do Plano Plurianual, que define os recursos a serem repassados pelo Governo Federal a programas estratégicos em um período quadrienal.
Erney Camargo, presidente do CNPq, ressaltou o sucesso dos grupos instituídos em 2001. "Promovemos a união de institutos de incontestável qualidade e de pesquisadores da maior competência", destacou. Camargo creditou a viabilidade de abrir este novo edital ao esforço do ministro Eduardo Campos.
Pelo novo edital dos Institutos do Milênio, os grupos interessados podem submeter projetos em duas modalidades: "Demanda Espontânea", com livre escolha do tema, e "Áreas Induzidas", com áreas e temas pré-definidos. A primeira é destinada às redes de pesquisadores com excelência científica ou tecnológica já reconhecidas pelos seus trabalhos, em qualquer área do conhecimento. A modalidade "Áreas Induzidas" abrange temas determinados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e considerados de interesse estratégico nacional:
Fármacos e produtos naturais;
Violência e Segurança Pública;
Desenvolvimento e produção de novas vacinas, produtos imunobiológicoscom fins terapêuticos e conjuntos diagnósticos;
Melhoramento animal e vegetal, tradicional e transgênico;
Amazônia: fauna, flora, produtos do extrativismo, sua industrializaçãoe comercialização;
Desenvolvimento de softwares;
Terapia gênica;
Ecossistemas: (Amazônia, Pantanal e Semi-Árido);
Recursos do mar;
Aeronáutica e Aeroespacial;
Energia nuclear;
Fontes alternativas de energia;
Nanotecnologia;
Microeletrônica e nanoeletrônica;
Telemedicina;
Estratificação social e desigualdade;
Democracia e cidadania;
Biodiversidade amazônica;
Vetores de patógenos humanos e animais nos biótopos amazônico, pantaneiro, do semi-árido e do cerrado.
Cada grupo aprovado poderá receber financiamentos que vão de R$ 500 mil a R$ 2 milhões anuais, por um período de até três anos. As propostas serão avaliadas por comissão designada pelo MCT considerando a relevância para a sociedade e para o país, a alta qualificação científica e a capacidade de propor arranjos e mecanismos institucionais criativos e inovadores.
O prazo para apresentação de propostas - feitas todas em formulário eletrônico - vai até o dia 30 de abril. A divulgação dos resultados está prevista para o dia 30 de junho, enquanto a contratação dos projetos e liberação da primeira parcela de financiamento deve ocorrer no final do mesmo mês.
O edital completo estará disponível na página eletrônica do CNPq tão logo seja publicado no Diário Oficial da União, o que deverá acontecer até a próxima semana.