Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/06/2003
Para aumentar o ritmo da inclusão digital, até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva todas as escolas públicas estaduais de ensino médio terão, pelo menos, um computador para o aprendizado de ciência. O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, durante abertura do Seminário Internacional Sociedade da Informação, no Rio de Janeiro.
Amaral disse ainda que este ano será implantado um projeto piloto que conta com cerca de 400 computadores. Além da parceria do Ministério da Educação (MEC), o projeto terá o apoio das secretarias estaduais de Educação e Ciência e Tecnologia para a capacitação dos professores. "A meta do Ministério da Ciência e Tecnologia de combater a exclusão digital é mais que um projeto. Combater a exclusão tornou-se uma obsessão para o presidente Lula", disse Roberto Amaral.
O ministro revelou que no Brasil menos de 8% da população têm acesso à Internet, enquanto a média mundial é de 10%. Isso significa que a cada ano o Brasil tem 4 milhões de usuários em potencial. "Se continuarmos neste ritmo em 2013, 70% da população brasileira ainda estará excluída", afirmou Amaral. Este é o principal motivo do início desse novo programa de inclusão digital.
O ministro adiantou que o governo já estuda formas para baratear os computadores. Subsídios de aluguel e a utilização de software livres são algumas das propostas que ajudariam a diminuir o preço das máquinas e ampliar a inclusão digital. "Estamos tomando medidas para que o povo brasileiro se beneficie da revolução tecnológica em curso. Tecnologia em si não é instrumento de progresso social, depende de nós sabermos usá-la".
Outra meta do MCT é abrir novos postos de trabalho no setor de informática. Hoje o país emprega 250 mil pessoas na área. Nos próximos quatro anos, ressaltou Amaral, serão criados 60 mil novos postos de trabalho no campo da tecnologia da informação. A participação do setor privado é fundamental para atingir essas metas. Atualmente 80% do total de recursos investidos em C&T são provenientes do poder público. Nos países desenvolvidos ocorre o contrário.