Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/08/2007
Defendendo sua tese de doutoramento na Universidade de Navarra, Espanha, o engenheiro Rafael Gonzaga Jarquín apresentou estudos que prometem mudar um dos mais antigos métodos de produção na indústria metalúrgica em geral e nas fundições em particular.
Tratamentos térmicos
Rafael demonstrou que os tratamentos térmicos utilizados nas fundições podem ser desnecessários, podendo ser substituídos por variações na composição do metal fundido. Segundo ele, o processo é mais barato, tanto financeiramente quanto energeticamente, além de produzir um metal com propriedades mecânicas tão boas ou até superiores ao daqueles que recebem o processo de têmpera convencional.
No processo de fundição, depois que a peça é retirada do molde, ela recebe diversos tratamentos térmicos, em função das características e propriedades mecânicas que se deseja do produto final. Por exemplo, diferentes processos de têmpera devem ser aplicados para se obter produtos ferríticos, martensíticos ou perlíticos.
Composição da liga
Reconhecendo que as propriedades mecânicas e as caracteríticas dos materiais fundidos dependem em grande medida dos tratamentos térmicos aplicados, o pesquisador ressalta que os aditivos têm um papel com o mesmo nível de importância. Em suas pesquisas destacou-se o papel desempenhado pelo silício.
"Os tratamentos térmicos, que são caros em termos econômicos, podem ser substituídos por um balanceamento adequado dos elementos da liga, e inclusive podem alcançar resultados iguais ou até melhores das propriedades mecânicas," diz Rafael.