Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/07/2003
A empresa inglesa Fluid Conditioning Systems acaba de lançar um novo sistema revolucionário de filtragem de fluidos. Sem partes móveis, funcionando a partir de campos magnéticos, o novo dispositivo é capaz de filtrar partículas menores do que um mícron, incluindo areia, sílica, tinta e mesmo materiais ferrosos. Uma equipe de Fórmula 1, cujo nome não foi revelado, já adquiriu o novo filtro magnético para utilizar como filtro de óleo em seu carro.
Batizado de Magnom, o novo filtro magnético pode ser empregado em dispositivos de diversos tamanhos e formatos, além de funcionar com uma grande variedade de fluidos. Segundo a empresa, o sistema é capaz de remover as menores e mais abrasivas partículas, responsáveis pela destrutiva reação em cadeia do desgaste em muitos equipamentos e processos.
Ao contrário dos sistemas de filtragem convencionais, o Magnom produz uma queda mínima na pressão do fluido. Como não possui partes móveis, o sistema é altamente escalável, funciona em uma ampla faixa de pressão, temperatura e taxa de fluxo dos fluidos.
O filtro magnético é reutilizável, necessitando apenas de uma limpeza após um período de operação que é substancialmente superior ao dos filtros convencionais e, segundo a empresa, é capaz de reter 40 vezes mais material particulado. À medida que o fluido passa através dos campos magnéticos do Magnom, campos estes atuando ao longo de largos canais de fluxo, os contaminantes ferrosos e não ferrosos são atraídos para as zonas de coleta. Estas zonas retêm significativamente mais partículas do que um filtro convencional e oferecem menor resistência à passagem do fluido.
Enquanto as partículas ferrosas são magneticamente atraídas e fixadas na área de retenção do novo filtro, as partículas não magnéticas são retidas por um processo chamado heterocoagulação, um efeito de aglomeração de partículas derivado de suas diferenças de carga, explicado tanto por interações da superfície molecular quanto por um efeito macroscópico.
O novo filtro magnético pode ser utilizado em motores e câmbios de automóveis, tornos, sistemas hidráulicos e sistemas de aquecimento e resfriamento e em uma série de outras aplicações, em virtude de sua fácil construção nos formatos desejados. O mercado mundial de filtros é estimado em US$24,5 bilhões ao ano.