Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/08/2002
Um tubo de metal do tamanho de um lápis, capaz de levar calor de uma extremidade à outra sem a necessidade de bombas, poderá um dia permitir vôos intercontinentais em menos tempo e possibilitar a viagem de astronautas a Marte e outros planetas.
A tecnologia começou a ser desenvolvida há mais de 40 anos, no Laboratório Los Alamos (Estados Unidos). Uma pequena quantidade de fluido no interior do tubo vaporiza-se na extremidade quente e se condensa quando atinge a outra extremidade. A perda de calor no processo é muito pequena. O fluído retorna à extremidade quente por canais extremamente finos, dentro do próprio tubo, para que o processo se repita.
Os primeiros tubos de calor, como são chamados, utilizavam água ou sódio em seu interior. As pesquisas que agora estão sendo conduzidas estão utilizando lítio, o metal mais leve do mundo. O lítio é colocado dentro de um tubo de molibdênio, o qual pode operar em temperaturas de até 2200º F.
O lítio vaporiza-se e transfere energia ao longo de tudo o tubo de calor. O cientistas já estão produzindo tubos de calor que transferem energia a uma densidade de 23 kilowatts por centímetro quadrado. Apenas para efeito comparativo, o calor emitido da superfície do sol é de apenas 6 kilowatts por centímetro quadrado.
Os cientistas agora planejam utilizar os novos tubos de calor em reatores nucleares para a produção de propulsão em naves que poderão ultrapassar os limites do Sistema Solar.