NASA cria nova liga de alumínio-silício

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/08/2002

Uma nova liga de alumínio e silício, de alta resistência foi desenvolvida nos laboratórios Marshall Space Flight Center, pertencentes à NASA. A pesquisa visava o atendimento de necessidades da indústria automobilística.

Embora a maioria das pessoas associe a NASA às pesquisas espaciais, uma de suas missões é a estreita colaboração com a indústria americana no desenvolvimento de tecnologias de ponta. "Parcerias com as indústrias americanas são a principal forma que a NASA se utiliza para transferir suas tecnologias para o público." afirmou Vernotto McMillan, chefe do escritório de transferência de tecnologia da Agência.

A pesquisa e a criação da nova liga foram conduzidas pelos engenheiros Jonathan Lee, da NASA e PoShou Chen, da Morgan Research Corp. A encomenda partiu de um grande fabricante de automóveis, que necessitava de uma liga que permitisse o redesenho dos pistões, de forma a gerar menos poluentes.

Como resposta, Lee e Chen apresentaram a MSFC-398, uma liga de grande resistência ao desgaste, que mantém essa resistência em altas temperaturas. A cerca de 600º F, esta liga é de três a quatro vezes mais resistente do que as ligas convencionais de alumínio. Seu custo também é bastante baixo, estimando-se que seja produzida em escala industrial por menos de US$1,00 por libra peso. A maior vantagem da nova liga, entretanto, é a possibilidade de ser utilizada diretamente em moldes tradicionais, sem exigências de usinagem para a formação de partes complexas.

"A nova liga é ideal para se moldar componentes que operem em altas temperaturas, como pistões, pontas de eixo, atuadores, pinças de freio e rotores", disse o Dr. Lee. "Normas crescentemente mais restritivas para a emissão de gases por motores de combustão interna, forçaram os projetistas de pistões a redesenharem as peças," disse Lee. A modificação agora em vista destina-se a reduzir o espaço entre a cabeça do pistão e a parte superior do cilindro. Desta forma, o pistão poderá se aproximar mais desse limite superior, aumentando a eficiência da queima, ao operar sempre sobre uma mistura limpa.