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Nanotecnologia

Nariz eletrônico ganha sensor de nanofio que não envelhece

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/12/2007

Nanotecnologia cria sensor para nariz eletrônico que não envelhece

Os cientistas vêm tentando construir um nariz eletrônico, com algum sucesso, há vários anos. A última palavra parece ser um equipamento biomimético, construído com nanossensores biológicos (veja Nariz eletrônico é criado com nanobiosensores). A NASA está desenvolvendo um nariz eletrônico específico para suas naves e já existe até um experimento que consegue "enxergar os cheiros".

Envelhecimento dos sensores

As pesquisas mais promissoras já chegaram ao mercado, e utilizam componentes eletrônicos como sensores. A experiência, contudo, tem mostrado que esses sensores exigem uma contínua recalibração. O passar do tempo altera as características dos minúsculos sensores eletrônicos, o que faz seus resultados variarem.

Esse não é um problema nos sistemas olfativos biológicos, nos quais as células são regularmente repostas ao longo da vida dos animais. Reproduzir um sistema olfativo completo, contudo, mesmo do mais simples dos insetos, ainda é uma tarefa que está longe do alcance da tecnologia.

Sensor de nanofios

Agora, cientistas conseguiram construir um nariz eletrônico de segunda geração, substituindo os sensores eletrônicos - fabricados por litografia, um método chamado "de cima para baixo"', - por nanofios - fabricados em nível molecular, um enfoque conhecido como "de baixo para cima."

Para resolver o problema do envelhecimento dos sensores eletrônicos, a equipe do Dr. Andrei Kolmakov, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, utilizou nanofios de óxido de estanho (SnO2). Os nanofios são mais estáveis e permitem a fabricação de sensores que duram muito mais tempo, sem exigir recalibração.

Imitando neurônios

Além disso, eles resolvem o problema da miniaturização, permitindo que os sistemas olfativos artificiais possam ser empregados no interior dos biochips, minúsculos laboratórios de análises do tamanho de um microprocessador de computador.

Os nanofios ficam espalhados sobre a superfície do sensor, formando inúmeras rotas possíveis para a transmissão dos sinais coletados do ambiente - uma estrutura que lembra muito a estrutura dos neurônios no cérebro.

Funcionamento do sensor

A resistência elétrica apresentada por esses nanofios é uma função direta das moléculas de gás presentes no ambiente. O circuito eletrônico anexo ao sensor captura esses sinais elétricos e cria um padrão, que equivale a uma "fotografia instantânea" do cheiro presente no ambiente.

Bibliografia:

Artigo: A Gradient Microarray Electronic Nose Based on Percolating SnO2 Nanowire Sensing Elements
Autores: Victor V. Sysoev, Joachim Goschnick, Thomas Schneider, Evghenii Strelcov, Andrei Kolmakov
Revista: Nano Letters
Data: October 10, 2007
Vol.: 7(10); 3182-3188.
DOI: 10.1021/nl071815+
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