Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/08/2006
Cientistas norte-americanos acabam de apresentar um novo conceito em microscópio óptico tão poderoso que está permitindo que os cientistas vasculhem o interior de células vivas para identificar a localização de cada proteína individualmente.
Os microscópios ópticos possuem uma limitação física, ditada pelo comprimento de onda da luz visível. Não é possível enxergar diretamente nenhum objeto menor do que o comprimento de onda da luz na faixa do espectro que o olho humano capta. Isto faz com que os cientistas não consigam ver nada que esteja separado por uma distância menor do que 200 nanômetros.
A nova técnica, chamada de microscopia por localização fotoativada (PALM, na sigla em inglês: PhotoActivated Localization Microscopy), consegue identificar moléculas que estejam separadas por espaços menores do que 25 nanômetros.
Os criadores do novo microscópio utilizaram a técnica de fluorescência, muito utilizada pela biologia molecular para a identificação e o rastreamento de moléculas. Até agora, contudo, tudo o que os cientistas conseguiam ver eram aglomerados de moléculas, já que cada uma delas individualmente aparecia como uma bola difusa e fora de foco.
Os cientistas agora passaram a utilizar o centro de cada uma dessas bolas luminosas difusas como referência para a posição de cada molécula. Isso permite reconstruir a imagem em escala nanométrica.