Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/02/2006
No episódio O Inimigo Interior, da série Jornada nas Estrelas, o capitão Kirk foi duplicado quando era teleportado de volta à nave Enterprise. Um dos clones herdou o lado ruim e o outro herdou o lado bom do capitão.
Embora não haja nenhuma pessoa envolvida, nem tampouco uma cisão de personalidades, cientistas japoneses e ingleses, trabalhando conjuntamente, conseguiram efetuar a primeira teleclonagem quântica. A teleclonagem combina a clonagem com o teletransporte.
Os pesquisadores conseguiram fazer cópias remotas de feixes de raios laser, combinando a clonagem quântica com o teletransporte quântico em um único passo. A teleclonagem é mais eficiente do que qualquer combinação de teletransporte e clonagem local porque ela se fundamenta em uma nova forma de entrelaçamento quântico - o entrelaçamento multipartite.
"A mecânica quântica nos permite fazer coisas que nós pensávamos que eram impossíveis," conta o professor Sam Braunstein, um dos membros da equipe. "Se [a experiência] irá mudar o mundo para os indivíduos ou se ela deverá apenas ser utilizada por governos ou grandes companhias é difícil de dizer. Qualquer novo protocolo é como um bebê recém-nascido, que tem que crescer, mas nós sabemos que este poderá ser utilizado para proteger canais criptográficos."
Protocolos de criptografia quântica são ultra-seguros porque permitem que se descubra quando alguém está consultando as informações protegidas. Agora, com a teleclonagem, será possível não apenas descobrir a identidade, mas também a localização do espião.
Quanto ao capitão Kirk, bom, o teletransporte de seres vivos ainda permance no reino da ficção.