Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/01/2006
Um disco vibratório, não maior do que um grão de poeira, poderá ajudar a diagnosticar e monitorar vários tipos de câncer, ajudando os especialistas com informações sobre o tipo mais adequado de terapia a ser utilizada em seu tratamento.
Uma equipe internacional de pesquisadores, sediados na Universidade de Newcastle, Inglaterra, irá desenvolver esta nova tecnologia de biosensores, preparando-a para chegar ao mercado. Os novos biosensores são inteiramente baseados em micro-giroscópios, um sistema de posicionamento utilizado em aviões, satélites e robôs.
Os pesquisadores planejam construir um equipamento portátil, que permitirá o teste de amostras de sangue ou tecido, em busca de sinais de câncer de mama, colo do úteo, cólon ou reto. O equipamento deverá identificar "marcadores" específicos de câncer - proteínas ou outras moléculas produzidas por células cancerosas - que variam de acordo com o tipo de câncer e são diferentes das proteínas produzidas por tecidos sadios.
Os cientistas fabricaram discos menores do que um décimo de milímetro de diâmetro, e os recobriram com padrões especiais de DNA ou proteínas, que fazem com que os marcadores do câncer grudem na superfície dos discos.
Esses micro-discos são produzidos a partir de uma pastilha de silício, e vibram eletronicamente em dois modos. Quando um marcador específico de câncer se liga à sua superfície, a diferença de peso faz com que um dos modos de vibração mude de freqüência.
A diferença entre as freqüências dos dois modos de vibração é então medida, permitindo a identificação das moléculas criadas pelo câncer. Na teoria, mesmo o peso de uma única molécula que se ligue à superfície do disco poderá ser detectado.