Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/10/2005
Pesquisadores da Universidade de Michigan, Estados Unidos, criaram um novo processo de nanofabricação que utiliza nanorobôs para fabricar sensores. Os novos sensores são tão pequenos quer permitem a construção de câmeras infravermelhas portáteis, sem o enorme aparato criogênico que essas câmeras têm atualmente.
O novo processo permite que um operador humano, utilizando um poderoso microscópio eletrônico e um controlador parecido com um joystick, possa manipular remotamente os elementos necessários para construir os pixels individuais que formam os sensores.
Cada pixel é construído com nanotubos de carbono, que possuem dimensões nanométricas. Devido à sua natureza unidimensional, os nanotubos de carbono têm um ruído termal muito inferior aos semicondutores tradicionais. Uma câmera que utilize esta tecnologia poderá ser leve e barata - cerca de um décimo do custo, peso e tamanho de uma câmera digital convencional.
Os criadores da nova técnica, os cientistas Harold Szu, James Buss e Xi Ning, afirmam que ela também poderá ser utilizada em aplicações médicas, como a detecção de câncer de mama. A nova tecnologia poderá revolucionar a fabricação de sensores, câmeras e um sem-número de outros equipamentos médicos, que poderão vir a ser construídos por esses nanorobôs, diminutas "mãos robóticas" capazes de manipular moléculas em tempo real.