Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/11/2007
No último mês de Junho noticiamos o desenvolvimento de um novo material capaz de se auto-cicatrizar. O material híbrido possui em sua estrutura interna uma rede microvascular tridimensional que imita um sistema circulatório biológico (veja Material auto-cicatrizante imita pele humana, regenerando-se continuamente).
Sem catalisador
Agora, os pesquisadores fizeram um "upgrade" no seu material, tornando-o mais simples e mais barato. Eles conseguiram eliminar o catalisador que era necessário para que a reação de "cicatrização" funcionasse. O catalisador, à base de rutênio, é um elemento caro e que certamente restringiria o uso prático do novo material.
Segundo os pesquisadores, o melhoramento agora alcançado deverá encurtar o caminho desse material híbrido auto-cicatrizante rumo à utilização prática, principalmente para o reparo de materiais compósitos, hoje utilizados para a construção de barcos, aviões e até pás de turbinas eólicas.
"Removendo o catalisador de nosso material, nós agora temos uma alternativa mais simples e econômica para a recuperação estrutural depois que o dano por quebra já ocorreu," disse Jeffrey Moore, um dos criadores do novo material.
Polimerização
No projeto original, o material auto-cicatrizante consistia de um agente cicatrizante microencapsulado - o diciclopentadieno - além do catalisador de rutênio, ambos incorporados em uma matriz de epóxi. Quando o material se quebrava, as microcápsulas se rompiam e liberavam o agente cicatrizante, que reagia com o catalisador para corrigir o dano que o material havia sofrido.
Nesta nova versão, quando uma trinca se forma no material epóxi, as microcápsulas se rompem e liberam clorobenzeno. O solvente se dispersa na matriz, onde encontra aglomerados de monômeros de epóxi que não haviam reagido. O solvente leva esses monômeros até a trinca, onde se dá a polimerização, restaurando a integridade estrutural original do material.