Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/05/2006
Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, Estados Unidos, desenvolveram uma membrana feita com nanotubos de carbono e silício que poderá, além de inúmeras outras aplicações, ser uma forma mais eficiente de se fazer a dessalinização da água.
Membrana molecular
Bilhões de nanotubos - tubos ocos de carbono cujas paredes têm apenas um átomo de espessura - transformam-se nos poros da membrana.
O resultado são poros tão finos que cada um deles permite a passagem simultânea de apenas seis moléculas de água. Já as partículas maiores são automaticamente bloqueadas.
A membrana foi construída preenchendo-se os espaços entre os nanotubos de carbono - que foram alinhados - com um material cerâmico. A superfície super lisa dos nanotubos de carbono permite que líquidos e gases fluam rapidamente através deles.
"O fluxo de água e gás que nós medimos é de 100 a 10.000 vezes mais rápido do que o previsto pelos modelos clássicos," afirma o cientista Olgica Bakajin. A ilustração acima mostra a simulação de moléculas de metano fluindo através de um dos nanotubos da membrana.
Membranas super-permeáveis
As membranas de nanotubos de carbono poderão ser utilizadas para a dessalinização e a desmineralização da água. A remoção do sal da água do mar e de águas salobras hoje é feito pelo processo de osmose reversa, uma técnica que utiliza membranas menos permeáveis e altas pressões, o que torna sua operação muito cara.
Quando totalmente desenvolvidas, as novas membranas super-permeáveis poderão reduzir os custos de energia no processo de dessalinização em até 75%. Ainda não há previsão de sua chegada ao mercado.