Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/05/2006
Pacientes idosos, principalmente acamados ou que fazem uso de cadeiras de rodas, sofrem de um problema que, muitas vezes, pode se tornar mais doloroso do que a própria enfermidade que os imobiliza: o rompimento da pele.
Com o envelhecimento, o fluxo de sangue para a pele diminui consideravelmente. Isso deixa o tecido mais fino e ressecado, sujeito a se romper até mesmo quando um paciente está sendo auxiliado por enfermeiros a se sentar ou a tomar banho.
Agora, engenheiros do instituto de pesquisas CSIRO, Austrália, criaram um tecido especial, que eles batizaram de "segunda pele", que poderá ajudar a resolver o problema.
Composto de 95% de lã e 5% de Lycra®, o material situa-se na classe dos "tecidos inteligentes" - tecidos que alteram suas características em resposta a estímulos externos.
Os cientistas acabaram de concluir os testes iniciais, que mostraram que o tecido é confortável e não gera odores quando em contato com a pele por longos períodos. Mas ele pode ser retirado e lavado normalmente.
A "segunda pele" é capaz de esticar até 100 por cento sem praticamente nenhuma pressão externa, adaptando-se perfeitamente aos movimentos das juntas - joelhos, cotovelos e pulsos, - normalmente mais expostas a acidentes.
Agora a "segunda pele" vai entrar na fase de testes clínicos, quando será testada em 400 participantes idosos, antes de chegar ao mercado.