Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/02/2006
Quando os nanotubos de carbono foram descobertos, em 1991, eles pareciam ser pouco mais do que uma curiosidade científica. Afinal, para o que poderiam servir "folhas" de átomos de carbono enroladas?
Estes últimos 15 anos provaram o contrário. Os nanotubos de carbono são parte de experimentos em virtualmente todas as áreas, de microscópios a plásticos. E é justamente da pesquisa com polímeros que vem a mais recente descoberta relacionada com estas minúsculas estruturas.
Cientistas dos Laboratórios Rensselaer, Estados Unidos, descobriram que a adição de nanotubos de carbono pode aumentar substancialmente a capacidade dos compósitos na absorvção de impactos.
A descoberta abre caminho para a fabricação de uma classe compósitos com características totalmente novas, voltados para a construção de aeronaves e motores de automóveis mais silenciosos e até alto-falantes livres de interferências e zumbidos. Virtualmente qualquer produto que esteja submetido à vibração poderá ser beneficiado com esta nova classe de materiais.
O que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi a propriedade de amortecimento, a capacidade que os materiais têm de dissipar energia. Eles descobriram que a dispersão dos nanotubos de carbono no meio dos polímeros tradicionais aumenta dramaticamente a capacidade de amortecimento desses materiais. E, pela primeira vez, eles descobriram que seus novos polímeros anti-vibração melhoram de rendimento quando operam a temperaturas mais elevadas.
Isso os torna perfeitos para aplicações espaciais, onde as temperaturas variam centenas de graus entre o dia e a noite. Mas também poderão servir para a construção de diafragmas de alto-falantes, ajudando a melhorar a qualidade do som por meio da redução do ruído associado com elevados níveis de sons graves.