Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/07/2005
Um dos maiores limitadores da reutilização de plásticos reciclados e do emprego de plásticos orgânicos - oriundos de plantas e outras fontes renováveis - é que os dois materiais apresentam uma incompatibilidade mútua.
Os plásticos fabricados a partir de plantas - ou ácidos polilácticos (PLA) - e os plásticos recicláveis - principalmente o polipropileno (PP) - quando misturados, geram um "distanciamento" na borda de suas superfícies, o que leva a uma séria degradação de suas propriedades físicas.
Agora, cientistas japoneses da empresa Sharp, desenvolveram uma nova tecnologia que permite a mistura de plásticos fabricados a partir do milho, com plásticos comuns, retirados de aparelhos eletrônicos descartados.
A nova tecnologia utiliza um material - chamado dispersante - que causa uma microdispersão das partículas, aumentando a compatibilidade dos dois materiais em nível molecular, o que resulta em um plástico uniforme e homogêneo. Isto dá ao plástico resultante uma resistência mecânica e termal que permite sua aplicação prática.
Agora a empresa irá desenvolver um projeto piloto, visando verificar a viabilidade econômica da nova tecnologia. Em comunicado, ela afirmou que pretende colocar a nova tecnologia em uso já em 2006 e que espera chegar a um nível de utilização de plásticos oriundos de fontes renováveis de até 30%, limitada apenas pelo preço desse novo material.