Logotipo do Site Inovação Tecnológica





Materiais Avançados

Descoberta proteína capaz de gerar ossos humanos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/04/2005

Descoberta proteína capaz de gerar ossos humanos

Estudando doenças nas quais, por uma disfunção, o corpo humano gera células ósseas em demasia, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, descobriram e isolaram uma molécula natural que pode ser utilizada para cicatrizar fraturas e gerar o crescimento de novos ossos em pacientes que tiveram perda óssea.

Os cientistas Ben Wu e Kang Ting, autores da descoberta, batizaram a molécula de UCB, um acrônimo para "University of California Bone", ou osso da Universidade da Califórnia. A descoberta é provavelmente o avanço mais significativo na regeneração de ossos desde a descoberta das proteínas morfogenéticas, feitas por Marshal Urist, um cientista da mesma universidade, nos anos 1960.

Na foto há uma amostra de osso que possuía duas perfurações iguais. A proteína UCB foi aplicada no vazio da direita, que virtualmente desapareceu.

"Para a pessoa comum, esse novo desenvolvimento potencialmente significará a cicatrização óssea mais rápida e mais segura, com poucos efeitos colaterais e a custo mais baixo," afirmou Ting. "Em casos mais graves, como aqueles nos quais uma criança nasce com anomalia congênita, a nova proteína poderá oferecer uma solução avançada para reparar cisões no palato, que envolve deficiência óssea, e também ajudar no reparo de outros defeitos dos ossos, tais como fraturas, fusão espinhal e integração de implantes."

A grande vantagem da molécula UCB em relação à proteína morfogenética, utilizada hoje no reparo de ossos, é a menor geração de efeitos colaterais. A proteína morfogenética gera a formação de ossos fora do local do implante, além de ocasionar a geração de células de outros tipos, não-ósseas.

Os cientistas estão agora aprimorando o transportador, um elemento capaz de levar a proteína até o ponto onde deve ser feita a restauração do osso. Atualmente, as proteína morfogenéticas são inseridas no organismo utilizando um colágeno parecido com uma esponja. Além de não oferecerem benefícios intrínsecos, as esponjas normalmente permitem que as proteínas migrem, gerando células ósseas fora do local desejado.

"É a combinação correta do transportador e da proteína que aumenta ainda mais a estabilidade e a atividade da UCB," explica Ting. "Para certas aplicações clínicas, nós precisaremos desenvolver opções injetáveis que sejam minimamente invasivas. Para outras aplicações clínicas, nós necessitaremos de transportadores moldáveis, que possam segurar a UCB no lugar. Tornando a vida dos cirurgiões mais fácil, eles poderão prestar mais atenção na própria cirurgia. Em última instância, quem ganha é o paciente."

Seguir Site Inovação Tecnológica no Google Notícias





Outras notícias sobre:
  • Saúde e Reabilitação
  • Biotecnologia
  • Saúde e Reabilitação

Mais tópicos