Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2005
O pesquisador holandês Bart de Graaf, da Universidade de Amsterdan, criou uma esponja sólida capaz de absorver oxigênio. O novo material deverá representar uma economia substancial na produção de dois dos polímeros mais utilizados pela indústria, o polietileno e o polipropileno.
De saquinhos de supermercado a notas de dez reais, em todo lugar se encontra os plásticos polietileno e prolipropileno. Eles são feitos a partir das matérias-primas etileno e propileno que, por sua vez, são fabricadas a partir do etano e do propano. Do poço de petróleo até a residência - ou ao bolso - do consumidor, a cadeia produtiva é quase tão complexa quanto as longas moléculas desses polímeros.
O etano e o propano são convertidos em etileno e propileno - tendo o hidrogênio como sub-produto - em um reator operando a temperaturas muito elevadas.
Infelizmente esta reação química é uma reação de equilíbrio. Isto significa que, embora o etileno e o propileno sejam produzidos, os materiais iniciais não são completamente utilizados na reação. Ou seja, o produto final é contaminado. O processo de descontaminação é caro e altamente intensivo em energia, mas é necessário para que o produto tenha as características desejadas e para que o material restante, que não reagiu, possa voltar ao início do processo.
Aí é que entra a esponja de oxigênio do Dr. de Graaf: ela remove diretamente um dos produtos da reação de equilíbrio. Utilizando sua esponja para converter o hidrogênio liberado em água, ele conseguiu que a reação continuasse até que virtualmente todo a matéria-prima fosse convertida em produto final.
A esponja de oxigênio reage apenas com o hidrogênio liberado e com nenhum outro componente da reação química. Isto permite que uma maior quantidade do etano e do propano sejam convertidos em cada ciclo e torna a separação do produto e do que restou do material inicial muito mais simples, economizando energia e diminuindo os custos de produção.