Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/02/2005
Utilizando uma mistura de polímeros convencionais e adicionando pequenas quantidades de corantes fluorescentes, pesquisadores da Universidade Case Western, Estados Unidos, criaram um novo material que poderá deixar os consumidores menos suscetíveis à aquisição de produtos danificados ou violados.
Eles descobriram que os corantes fluorescentes funcionam como uma espécie de sensores moleculares naturais que alteram suas cores quando o material é deformado ou sofre algum stress mecânico.
A tecnologia poderá ser útil em uma série de aplicações, desde indicadores internos de fadiga em equipamentos e máquinas até sistemas anti-roubo e proteções contra violação em embalagens.
Mas as aplicações podem ser mais divertidas. O professor Christoph Weder, que coordenou a pesquisa, é apaixonado por pescaria. O primeiro protótipo que eles construíram não poderia ser outra coisa: uma linha de pesca que se acende quando o peixe morde a isca. Com o puxão do peixe, a tensão da linha aumenta e ela brilha, avisando ao pescador que é hora de fisgar.
Num artigo publicado no Journal Chemistry of Materials, os pesquisadores relatam que misturaram corantes fluorescentes disponíveis no mercado, com pequenas modificações para adequá-los aos polímeros utilizados, o polietileno e o polipropileno. A mudança de cor é muito pronunciada quando o material sofre qualquer tipo de stress mecânico, o que torna o novo plástico um sensor de excelente qualidade.