Aerogel encontra novo uso na biologia

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/04/2004

O aerogel é a substância mais leve do mundo. Criada por pesquisadores da NASA, essa verdadeira "fumaça sólida" está a bordo da espaçonave Stardust. Ela coletou partículas do cometa Wild 2 e as está trazendo de volta à Terra para que os cientistas possam estudar a composição desses corpos celestes que são verdadeiros fósseis do Universo.

Agora pesquisadores da Universidade UC Davis (Estados Unidos) e dos Laboratórios Lawrence Livermore, desenvolveram um novo uso para o aerogel de sílica.

A água obviamente pode ser absorvida pelo aerogel. Mas, no confinado espaço de seus minúsculos póros, as moléculas de água se rearrumam de formas pouco usuais. Segundo o professor Subhash Risbud, uma membrana de lipídio pode se espalhar por um bloco de aerogel molhado da mesma forma que ela o faz ao redor de uma célula viva.

Os cientistas que estudam essas membranas de lipídios normalmente as colocam sobre substratos de silício ou ouro. Mas o aerogel fornece um verdadeiro colchão d'água para a membrana, permitindo que ela tenha umidade dos dois lados e aja mais como uma célula real, nas quais as membranas são guarnecidas com proteínas.

Esse novo conceito de pesquisa foi recentemente patenteado por Risbud e por seu colega Curtis Frank, da Universidade de Stanford. A invenção poderá ser utilizada para o estudo de doenças como o lupus e artrite reumatóide e também para testes de equipamentos biológicos.

O aerogel tem também várias outras aplicações em comunicações óticas, isolamento contra calor e som e em bombas miniatura para sistemas de refrigeração construídos diretamente dentro de outros equipamentos.