Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/01/2004
As pastilhas de freios utilizadas em carros de competição, como os da Fórmula 1, são feitos de carbeto de silício reforçado com fibra de carbono. Alguns carros topo-de-linha, como os Porsche e alguns Mercedes, também já utilizam essas pastilhas. Mas, devido ao seu alto desempenho, seu uso logo deverá se disseminar pela indústria. Antes disso, porém, é necessário baixar seus custos de produção.
Foi pensando nisso que os engenheiros do Fraunhofer Institute (Alemanha) lançaram um novo equipamento, capaz de analisar esses materiais em condições reais de operação, com grande precisão e sem contato físico com a amostra.
As pastilhas e os discos de freios são submetidos a altíssimas temperaturas, à medida em que a energia cinética do veículo em movimento é transformada em calor, fazendo-o parar. O grande desafio é desenvolver materiais que suportem essas temperaturas, sem se degradar em contato com o oxigênio do ar.
O novo equipamento, batizado de TOMMI, é capaz de acompanhar o processo de fusão sem contato direto com o corpo de prova. O material a ser analisado é colocado dentro de um invólucro feito de óxido de alumínio, o qual é a seguir introduzido dentro do forno. Alterações na forma e outros parâmetros podem ser gravados com grande precisão.
Segundo o Dr. Friedrich Raether, chefe do laboratório onde está instalado o TOMMI, "este é um grande passo, porque é importante não interferir com a amostra de cerâmica ou vidro dentro do forno. A série de medições para identificar mudanças no formato do corpo de prova requer grande precisão, com uma exatidão menor do que dois micrômetros."
Outros parâmetros que podem ser acompanhados e registrados incluem o comportamento de fluência do material, a massa do objeto e a transferência de calor entre o objeto em testes e o forno.
Os dados resultantes das medições das propriedades físicas e técnicas do material são então utilizados para abastecer um programa de simulação que os pesquisadores utilizam para otimizar o processo.